domingo, 14 de julho de 2013
Por que será que os opostos se atraem?
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
ETERNIDADE (ou não)
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Última mensagem
sábado, 29 de outubro de 2011
Flores e Laços (Sobre o Caio)
domingo, 31 de julho de 2011
Tapar Buracos
Eles se conheciam desde a maternidade, compartilharam a infância, o amadurecimento. Estavam assim até hoje. Assim, ele cochichou no ouvido dela:
- Você não acha que nós ficaríamos bem juntos?
Num pestanejar de olhos, ela pensou: sim, com certeza, ficaríamos lindos juntos. Tu, com esse teu ar de amor, com essa tua beleza única, com esse olhar encantado e com todas as outras coisinhas que eu sempre percebo quando cruzo por ti. Achas que nunca pensei nisso? Pensei sempre, todas as vezezinhas (e foram tantas!) que nos vimos ao longo dos anos. Refleti sobre como somos parecidos, como combinaríamos se, quem sabe, algum dia, amanhã ou nunca, tu fizesses tal proposta. Não brigaríamos por besteiras, não acabaríamos uma conversa sem risadas, não teríamos que bancar de galanteadores nesse novo amor, e aposto que não nos separaríamos nunca. Seríamos perfeitos.
Só que hoje, lembra do que me constaste? Hoje tu estavas frágil, tu tinhas perdido um grande amor. Hoje, tu não estavas com um sorriso no rosto na primeira vez em que te vi. Estavas magoado, e te consolei. Seria esse novo amor nosso mais um consolo? Oh! Que trágico. Como resolver um grande dilema de vida? Como te amo, como te quero, e como hoje tu me queres, percebo, mas será que ainda estarás inclinado por mim no amanhecer? Estou te servindo para esquecimento de um passado ou para a construção de um futuro? Por que me questiona disso justo hoje? Mas que timing, o teu! Hoje não dá. Hoje não posso. Não podemos. Não se quisermos uma casinha com um jardim cheio de girassóis daqui a alguns anos. Hoje tu não me queres, queres minha bondade, meu amor e minha fraqueza, sem retribuição. Queres apenas que eu te sirva como uns copos de bebida, afogando as lágrimas do momento. Se fosses me querer ontem, um outro hoje, talvez amanhã ou no mês que vem, agarrar-te-ia até meu último suspiro. Hoje, engulo meu amor e te respondo:
- Talvez, mas já estou de saída. Nos vemos depois!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Planos
Sabes, querida, eu planejo tanto te encontrar... dar uma passadinha rápida, fazer-te uma visita. Não tenho tempo para um chazinho, mas queria te dizer um ‘oi’, entendes? Queria te perguntar como vão as coisas, queria ver se tu ainda lembras de mim... dizem que tu esqueceste de muitos, e preciso me certificar de estar tão dentro de ti quanto estás profunda em mim. Será que sabes disso? Oh, não importa... tu saberás de tudo quando eu te encontrar. Passaremos minutos nos olhando, e sei lá, tu podes me enxergar... e dizer alguma frase qualquer... uma palavrinha... podes dizer coisa alguma, mas espero que ainda me lembres. Oh, lembrarás... e passaremos segundos tocando mãos, tentando entender a distância e relembrando momentos. Sabes que planejo ir logo, não é? Acho que nem sabes. Certificar-me-ei de te falar disso quando eu for... mas sabes como são as coisas, né? Tantas contas, tantos prazos, e acabo deixando nosso encontro para um momento mais vago. Planejei ir em setembro, mas é tudo uma correria tão grande... agora, remarquei nosso prazo: será em julho desse ano, eu prometo. Ora, espere um segundo... meu telefone toca... ‘O que? Como assim? Por que? Quando?...’ Mas querida, o que aconteceu a ti? Nem acredito no que acabei de ouvir... nem acredito que nunca saberás minhas saudades e dos meus grandes planos para nós...
Dedicado a minha vovó, que foi embora desse mundo há algumas horas vítima de seu Alzheimer... e eu planejava vê-la no mês que vem...
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Mais uma história triste

sábado, 22 de janeiro de 2011
Tempos de amor
Cansado da nossa rotina tão linda, dissestes que precisavas de um tempo. Um momento longe, uns dias sem me ver. E aceitei. Deixei que te fosses, não liguei, não mandei mensagens, não saí a te procurar. Vejas, não é porque te amo. Não é porque não te sinto. Não é por não me morrer a cada segundo sem tua presença. É por tudo isso e mais. Veja: meu amor ainda cresce. A razão para eu não te procurar é o meu plano, uma ideia que pensei para tu não me achares tão monótona. Eu te amo, mas não vou te chorar. Vou fingir que não estou nem aí, que tua falta não me dói como um espinho fincado em meu peito. Vou te fazer pensar que não faz a mínima diferença estar tu deitado ao meu lado ou meu travesseiro a mim agarrado. Tudo isso é para tu achares que não sou da moda antiga. Que ainda posso viver sem ti. E tu vais acreditar. Mas sabe o que? É só uma mentirinha. Um disfarce. Estou louca, morrendo de amor. Mas fico quieta, pelo menos por um tempo. E nesse tempo, espero que tu voltes, abras a porta e não fales uma frase sequer, só deite ao meu lado, jogue esse travesseiro longe e perceba que sua eternidade não seria tão linda sem ter junto a minha.
E não é que tu voltaste?
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Demais
Hoje me mandaste a menor mensagem do mundo, três letrinhas que mudaram tudo. Acordei e fui (como sempre) olhar meu celular. Hoje não houve decepção. Acordei, te senti e me olhei no espelho. Ainda estava com muitas coisas demais. Quilos demais, espinhas demais. Nem me importei, pois havia brilho demais e sorrisos demais. Acordei, te senti, olhei-me no espelho, vesti minhas melhores roupas e saí pela rua sem motivo algum.

Tuas mãos delicadas haviam desperdiçado uns cinco segundos respondendo aos meus recados incansáveis. Teus pensamentos haviam se deslocado por pelo menos uns cinco minutos para mim, enquanto pensavas numa resposta adequada. Teus créditos diminuíram uns cinqüenta centavos por mim. Tu tinhas procurado meu nome na agenda telefônica, e isso deve ter demorado mais uns cinqüenta segundos. Poderia continuar eternamente procurando mais causas para teus pensamentos terem encontrado os meus, mas não faz diferença. Podes ter me pensado por minutos, horas ou dias... pensastes em mim. E por isso acordei feliz. Depois de dias sem te pertencer, agora sou tua, e quando acordei, declarei que eras meu.
Olha só que coisa. Acordei jurando que tenho teu amor. Certo, por enquanto deve ser só seu afeto. Merecer teu amor já seria felicidade demais para o meu despertar.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Carta a um amor distante
Até logo, Porto Alegre.
Te amo.
Alana
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Minha vida e teu sorriso.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Losing a friend

Queria um dia entender o que aconteceu. Falta de comunicação, erro de comunicação? Só sei que a comunicação parou, de uma hora pra outra, do tudo pro nada. Nada. Como duas vidas inseparáveis resultam em nada? Chega a ser ridículo. Sou eu ridícula? Talvez, por escrever em vão. Mas será que escrevo em vão? Não conseguirei resolver-me, mas quem sabe isso não resolve outras vidas? Acho que é possível: tocar duas almas que morrem de saudade, só não tem coragem de falar. Como orgulho é uma coisa besta. Como alguém se priva de uma coisa tão importante por orgulho? Pra que orgulho, afinal?
Divagando muito. Vou voltar ao ponto. Estou falando de amizade. Amizade de verdade. Mas será que amizade que acaba é de verdade? Mas será que a nossa amizade acabou? Será que o que tínhamos era amizade? Só sei que dói. Dá medo. Dá tanto medo que tenho mais medo do que escrevo do que da escuridão que me rodeia nesse exato momento. É triste. É muito triste perder um amigo, para qualquer circunstância. E quantas circunstâncias chegam e não levam um amigo. Então como uma circunstância boba pode ser tão forte a ponto de separar o inseparável?
Não tenho respostas. Nenhuma sequer. Nem procure por elas nesse texto. É tudo perguntas. Dúvidas. Pois não entendo. E dói.. dói...
domingo, 24 de outubro de 2010
Nós.

tu+eu
somas somas somas
escrevo, não sei matemática
como procedo?
amor+amor
felicidade+felicidade
carinho+carinho
atenção+atenção
qual o resultado, qual o resultado?
1+1 são dois
mas nós dois então, quem somos? quantos somos?
soms tantos, somos muitos
somos nada, somos tudo
somos um único
um somente
um sempre
um totalmente
eterno -
SOMOS UM
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Morrer de amor
Morrer de amor
O castelo. Lembro como o via antes do amor bater a suas portas. Local belo, confortável, no qual todos se submetiam a mim; ou melhor, ao Rei. Eu era apenas sua Rainha, mas bastava, pois ali minha vida era sofisticada. Um pretendente misterioso, porém, mudou minhas percepções.
O dia estava lindo, as flores apareciam quase espontaneamente nos jardins do castelo. Entre elas, porém, encontrei um homem. Pouco notei de sua aparência, pois estava deslumbrada pelo embrulho que ele trazia consigo. Cheguei mais perto, e ele pareceu estar esperando por mim; pareceu estar ali há dias, com uma paciência infinita que só poderia ser fruto de um grande amor.
Ele me entregou o embrulho, e rapidamente encontrei um terço, brilhando para mim. Naquele momento senti uma música, uma canção tão bela saindo daquele presente. Parecia-se com um poema, sem forma ou estrutura de poesia; mas belo, lindo.
Eu via as lágrimas no seu rosto, e por isso voltei a fitá-lo. Ele se parecia a outro poema, e logo arrancou meu coração. Era um amor tão puro aquele que o homem me oferecia, tão inocente. Percebi logo, porém, que aquilo era uma tragédia, nunca se tornaria real, ele nunca poderia tocar-me; nunca seríamos felizes.
Era tarde demais, por isso pedi a Deus que trouxesse aquele momento para antes, antes de tudo; que eu pudesse viver aquele amor. Não era possível, e o sofrimento nos consumiu.
Afastei-me, e percebi sua tristeza devido àquela paixão que nunca se concretizaria. Suas lágrimas se tornaram minhas, e quando dei por mim estava de volta ao castelo. Sozinha, naquele lugar tão cheio de nada.
Tudo que restava daquele amor era a pureza do terço que ele havia me entregue naquele dia que me fez abrir os olhos, por isso me pus a rezar. Rezei, e percebi que não suportaria mais viver naquele não-amor. A tristeza se tornou meu dia-a-dia, e logo decidi pôr um fim naquela angústia.
Todos vivem o tempo necessário para entender o sentido da vida, alguns vivem pouco, como as borboletas, tão cheias de beleza, e outros vivem muito; mas o que importa realmente é o que aprendemos nessa jornada. Aprendi com um momento o amor de uma vida inteira. Aprendi o bastante neste dia, nesta semana, nesta vida, para finalmente me entregar e ser salva pelo morrer de amor.
Fim
sábado, 21 de agosto de 2010
Além do arco-íris...

Ela tentava raciocinar sobre sua situação: percebia que seu CEP estava incorreto, suas cartas chegavam pro endereço errado e sua localização geográfica não fazia sentido. O local do dia-a-dia era simplesmente um obstáculo para todos os planos futuros. O desejo de voltar à sua querência¹ devorava qualquer sentido dessa vivência.
Dentre suas fotos, viu-se ofegante diante daquela tão antiga. O pago, a família, tudo: onde estava? Por que ela se via tão distante daquela realidade encantada? Mais soluços. Nenhuma resposta. Por horas e horas ela se viu enfrentando aquela fotografia, tentando trazê-la de volta. Caiu no sono, e sonhou com aquele lugar tão distante... parecia que toda galáxia estava entre ela e seu lugar amado. A tristeza de ver aquela distância, quase milimetrada pela precisão de seu sonho, fê-la dar um salto de imediato.
Ah, a realidade. Guardou todas suas fotos numa caixinha, pois sabia que havia chegado a hora: ligou pra companhia aérea, reservou a primeira passagem que houvesse disponível, secou as lágrimas e partiu sem olhar para trás. Havia passado muito tempo naquele lugar indesejado. Não tinha mais motivos para ficar. Em segundos sua expressão ganhou um sorriso. Embarcou e não conseguiu fechar os olhos por nenhum segundo durante toda a viagem. Pareceu ter demorado meses, mas ela enfim chegou. As memórias voltavam, e ela nem precisava das fotografias para isso. Ficou cheia de sorrisos. Olhou para o céu; um arco-íris. E então pensou alto, pela última vez: Vejo que estou no final deste arco-íris, pois eis, aqui, meu lindo pote de ouro.
querência¹: O Tradicionalismo gaúcho traz nas asas a leveza do carinho que a palavra “querência” irradia. No seu âmago o forte sentimento pátrio, que não se troca nem por nada. Querência é o local onde se nasce, brinca, cresce... onde se vive! A Querência é local contagiante, pelo som da natureza, perfume das matas, colinas, várzeas, águas, passáros - é a magia do envolvimento sentimental, irradiado pelas coisas do rincão. Querência é pátria, chão, lar, torrão e pago. Querência é o doce lugar onde os homens ou os animais param os rodeios de suas benquerenças. Querência é a extensão do lar. Melhor dizendo: é próprio lar! Querência é o conjunto das coisas que nos fazem felizes. É o vazante dos sofrimentos de peão andarilho. É o colo da natureza, acolhendo o filho pródigo, que não resistiu a saudade de seu recanto. A querência, doce em seu aconchego, sempre é o melhor lugar do mundo.
Fonte: (Livro de Salvador F. Lamberty - ABC do Tradicionalismo Gaúcho)
domingo, 1 de agosto de 2010
Brilho
Ela caminha pela sala, tentando desvendar tal mistério. Pensa em todas as pessoas com quem falou na semana, em todas as pessoas de quem se esquivou. Não demorou muito, já que ela passava tanto tempo recolhida em seus pensamentos, afastada de multidões. Nenhuma daquelas pessoas, pensou, teria lhe enviado tal surpresa. Os amigos já não mais eram próximos, o amor havia virado a esquina e procurado outros enamorados. Quem seria o misterioso ser amoroso a ponto de lembrar-se dela, a menina isolada de tudo a seu redor?
Chegou perto do embrulho, envolvida de emoções. Não sabia como reagir, o que haveria dentro daquele pacote tão brilhante e lindo. Tocou-o suavemente, para sentir a textura daquele brilho. Aumenta ainda mais seu encantamento, e ela percebe um envelope ao lado daquela beleza toda. Um envelope perfumado, azul, cheio de corações. Sua curiosidade chega ao ápice, e pode-se sentir a preciosidade que aquilo tudo havia trazido ao seu dia. Tamanha é sua ansiedade, que ela chega a rasgar parte do envelope, na ânsia por descobrir o que aquilo tudo significava. Dentro dele, havia um papel rabiscado de amor, dizendo “Tenho pensado muito em ti”, com aquela assinatura que ela há tanto não via.
Aquilo trouxe lágrimas a sua face. Ele. Ela sabia como havia sofrido desde a última vez que se viram. Imersa em pensamentos ela ficou, por alguns minutos. Lembrou-se, então, do embrulho, ainda intacto. Apressou-se em abri-lo, bisbilhotando logo o que chegava ao alcance de seus olhos. Mais brilho. Ela percebe, então, a fragilidade do presente. Um porta-retrato coberto de pedrinhas, que a lembravam daquele dia que passaram os dois embaixo do sol. O formato redondo a fez recordar aquela promessa de eternidade. A foto lá presente revelava como aqueles tempos eram belos, os dois rindo juntos sem temer a realidade.
Um sorriso escapou dos lábios dela. Aquilo era o bastante para seguir em frente. Finalmente ela conseguia encarar sua própria vida. Guardou seu presente naquele quartinho escuro em que vivia, local que logo se tornou claro e vivo. Pegou o telefone e discou aquele número que ela sabia de cor. Conversaram por horas, e cada minuto trazia uma lembrança alegre daquela vida compartilhada.
O tempo passou, ele sempre na memória dela, ela sempre na memória dele.
Nunca mais se viram.
Foram eternamente felizes.
Porque algumas coisas não servem para reavivar antigas chamas, apenas para nos dar a coragem necessária para seguir a vida.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Histórinha de um conto
Acho que só assim as pessoas conseguem fazer textos: sentem as coisas, começam a rabiscá-las e só depois do sentimento passar conseguem dar um ponto final.
E sabe o que? Eu tenho pensado seriamente em continuar aquela história. Não porque quero saber como termina, pois eu sempre soube qual seria seu fim. É porque não dói mais. Aquela história não é mais minha. É só da folhinha de papel toda rabiscada esperando que eu retorne e a resgate.
P.S. E quem sabe algum dia eu não posto esse conto aqui?
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Reflexões de geladeira
hehe voei
terça-feira, 8 de junho de 2010
Ao meu lar
Ao meu lar
Não vivo aqui, em mim
Meu espírito permanece no meu lar,
Aqui não estou, apenas passo
Cansado do cansaço de tão longe de lá estar
Vindo de uma terra onde se faz sol,
Frio, ventania e campos floridos
Tudo se faz no céu claro e azul,
Na terra do amor, o Rio Grande do Sul
Oh distância!
O que me rodeia não me satisfaz,
A quietude sem fim aflige esse lugar
O nada se torna um fardo minaz
Tudo me lembra de não estar naquelas terras
A melodia, o perfume, a calmaria
Nada me lembra do que faço nestas costas...
A nostalgia me consome
Continuo sem respostas